segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A descoberta




Olá!! Bom, já que uma das coisas que mais amo na vida é viajar, nada melhor que relembrar uma boa aventura que vivi em 2007. Separei toda a história em capítulos e cada um deles vai ser uma postagem. Segue então o primeiro de todos!!!
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Um dia assistindo o telejornal no horário de almoço uma certa notícia me chamou atenção: era sobre os Jogos Pan Americanos que ia ter no Brasil em julho de 2007. O vt falava sobre a construção dos locais que iam acontecer as competições. Comecei a ver, afinal sempre gostei de esporte, apesar da contradição em ser considerada uma “pata”. Sim, desde pequena nunca fui boa com bolas, a única coisa que gostava de brincar com meus vizinhos foi somente bola queimada, mas só para brincar mesmo.
Voltando a matéria sobre o Pan na televisão, lembro que achei aquilo um máximo, pois o Pan lembra preparação para as Olimpíadas e isso sempre acompanhei, por muitas horas e madrugadas assistindo praticamente todos os esportes.
No final da matéria um detalhe me atraiu atenção: iam começar as inscrições para os interessados em trabalhar como voluntários durante o Pan, a estimativa na época era de receber 15 mil inscrições. Logo pensei, seria tudo de bom trabalhar no Pan, mas confesso que logo desanimei, pois o Pan é totalmente esporte, deve ser mais trabalho para o pessoal que faz Educação Física!
Outro dia, a noite na faculdade, estava conversando com meu amigo André Gustavo e ele comentou que se inscreveu pra trabalhar de voluntário no Pan, questionei ainda se não seria mais atividades para quem estuda Educação Física, mas ele disse que não, havia feito inscrição pra ficar na área de Imprensa e que tinha oportunidade para outras áreas também. Nesse instante juro que senti meu coração dar um salto. Algo me dizia muito forte que deveria tentar me inscrever também e, assim o fiz ao chegar na minha casa.
Após ter feito o meu cadastro, comentei com meu amigo Arnaldo Junior sobre a conversa com o André e a minha inscrição e fiquei mais animada ainda, porque ele disse que havia feito também. Resultado: veio a empolgação, imaginando nós três juntos, no Rio de Janeiro, nossa, com certeza uma aventura e tanta. Pena que depois de tanta alegria veio o breve esquecimento, porque não foi falado mais nada na televisão sobre os voluntários no Pan, não chegava e-mail de resposta e pra não ficar parada no dia a dia, entrei no meu primeiro emprego, fui ser atendente de telemarketing para uma operadora de celular.
Bem, isso é uma outra parte da história da minha vida, nada que precise entrar em detalhes agora. O importante mesmo é que depois de três meses trabalhando seis dias da semana, por seis horas seguidas, com apenas 15 minutos de intervalo para ir ao banheiro e comer, um dia eu recebi um e-mail diferente. O assunto fez com que eu abrisse correndo para ler, era sobre a seleção de voluntários dos Jogos Pan Americanos.
Fiquei muito feliz ver que estava sendo chamada para fazer os testes de seleção. Foram marcados para janeiro, eu precisava apenas confirmar o dia e horário. Os meninos também receberam o mesmo e-mail e,por sorte, com os testes marcados no mesmo dia e local que o meu.
Nesse dia que recebi o e-mail meus pais estavam viajando, liguei pra eles para contar a novidade. Senti que no telefone minha mãe se empolgou comigo e me apoiou na decisão que eu resolvesse tomar e não deu outra. Na manhã seguinte, imprimi o e-mail e levei no meu trabalho, recebi também lá a notícia que ia ser efetivada, mas meu coração falava mais alto. Me arriscar ir sozinha para o Rio fazer a seleção e depois ter a possibilidade de ficar 20 dias morando lá para o Jogos me motivava muito mais.
Por essa razão, pedi demissão. Fiquei circulando pelo prédio me despedindo dos amigos e conhecidos que fiz enquanto preparavam a documentação necessária. Assinei minha carta de demissão e fui embora muito feliz! Louca, eu? Talvez.
Para minha sorte sempre pensei antes de agir. Nesse momento não foi diferente, sabia que aquele emprego não era para mim, foi somente para ganhar experiência em alguma coisa e pela graça de Deus, meus pais me dão boa condição de vida, não precisava daquele trabalho para me manter. Então, ir embora para casa era a melhor opção. Tinha certeza que ia ser selecionada no teste, tinha certeza que algo muito melhor estava por vir, mesmo trabalhando de graça. O próximo passo: preparativos para viajar no próximo mês.

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